sábado, 22 de fevereiro de 2014

Internet vilã ou mocinha?

Segue coletânea de textos sobre Internet e Tecnologia para discussão em classe.

Texto 1

Internet não mata sua vida social

 Christian Barbosa
Muita gente acredita que a Internet gera isolamento, que as pessoas acabam ficando mais em casa e por aí vai. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, prova que isso não é uma verdade, que a Internet não matou a vida social das pessoas.
Eu não posso reclamar, desde os 7 anos que fico grudado na tela do computador. Isso me fez ter uma pele digna de ator do filme Crepúsculo, exercitei minha lógica e encontrei a mulher da minha vida (sim, eu casei via Internet praticamente). Mas aprendi a equilibrar, não pode se casar com seu micro, você precisa de gente e arejar também!
A pesquisa realizada nos Estados Unidos pela consultoria Pew Research Center mostra que o isolamento social dos adultos americanos quase nada mudou desde 1985.
O levantamento aponta que 6% dos entrevistados declararam não ter ninguém, ou nenhum grupo, "com quem possam discutir assuntos que consideram importantes", índice três vezes maior que o registrado em 1985.
Entre os usuários de web, no entanto, 61% disseram conversar com seus vizinhos ao menos uma vez por mês. Além disso, 45% declararam ser mais propícios a visitar um café ou restaurante do que os que não usam os novos recursos da internet.
O estudo revela, ainda, que os usuários de redes sociais frequentam bibliotecas 52% mais vezes do que as pessoas "off-line" e visitam parques públicos 42% mais vezes.
A consultoria conclui que o crescimento do número de americanos que não possui uma vida social ativa não tem relação direta com o surgimento de smartphones ou redes sociais. Ao contrário, a Pew acredita que a evolução da web tem sido responsável pelo aumento da participação dos americanos nas vidas uns dos outros.
fonte: TI Inside

 Christian Barbosa, especialista em gerenciamento do tempo e produtividade pessoal, é fundador da Triad PS e autor de vários livros sobre o assunto

Texto 2
INTERNET VILÃ OU MOCINHA
A Internet veio como um canal comunicação jamais visto na humanidade, criando um marco na vida das pessoas.

A essência da Internet é extremamente positiva para a humanidade, pois abre as portas do mundo com um simples click no computador.

Nos permite conhecer pessoas dos mais diversos lugares do mundo.

Antes tínhamos de passar horas em uma biblioteca para uma pesquisa em poucos livros, hoje temos excesso de informação.

Então a conclusão é lógica: A INTERNET É A MOCINHA DA HISTÓRIA, mas em quase todas as histórias existe um vilão, então que é ele?

São os seres humanos que já tem uma mente destorcida, mas que se sentem impedidos de agir na vida real porque a sociedade proibi e coibi determinados gestos e/ou atitudes que vão contra a vida, a índole e a moral das pessoas. Estas pessoas aproveitam esta porta de acesso e este falso anonimato (porque se a pessoa lesada ou a policia quiser o acha) para prejudicar através d atos doentios (pessoas em situação de extrema fuga do mundo real causado por algum trauma e/ou decepção) destrói ou tenta destruir as pessoas, por causa de seu orgulho, inveja e luxuria. Só que elas não percebem que antes de destruir as pessoas esta destruindo a si mesmo, pois esta perdendo o sentido da razão caminhando para uma loucura mental e psíquica.

Nós que somos pessoas do bem devemos nos unir em prol da INTERNET MOCINHA, e coibirmos estas pessoas, avisando uma para outra onde elas estão camufladas na Internet, quer através de Orkut, MSN, e-mail, sites, etc...evitando com isto o mal das pessoas e o nosso mal.

Vamos nos unir todos em prol de uma INTERNET BOA E SALUTAR.

Fiquem com Deus

O Questionador




Texto 3


OS MALES DA INTERNET NA VIDA COTIDIANA

Desde que a internet se popularizou no final do século XX, o mundo mudou. Com ela surgiram muitas vantagens que melhoraram o dia-a-dia:
Rede de notícias 24 horas, o que acontece em um canto do mundo, em poucos minuto depois o mundo inteiro já está sabendo; acompanhar cenas de guerra no "front" de batalha ao vivo; realização de compras e saques bancários online (pela internet); "baixar" aquela música que você procurou durante sua vida inteira ou aquela que marcou sua infância e é impossível de achar em CD; ver seu pai, mãe, filho, filha, parente distante que não vê a anos através da webcam; enviar recados para outras pessoas sem precisar mais ir ao correio; criar a sua página pessoal mostrando seu trabalho, pensamento, ideias, etc...
No entanto, tudo na vida tem vantagens e desvantagens, a internet não é nenhuma excessão. Como na vida real, a internet possui várias tentações que podem afetar alguém negativamente, principalmente se tratando da população jovem: crianças, adolescentes e jovens adultos, vítimas mais freqüentes, vítimas dessa nova onda do mundo contemporâneo.
Jogos online é uma febre entre esse público. Counter-Strike, Ragnarok, Ultima Online, Starcraft, Lineage II, Warcraft III são exemplos famosos de jogos que ocuparam boa parte da vida de muitos dos jovens dos dias de hoje. Por quê?
Quem nunca sonhou em ser um policial e acabar com a raça de traficantes perigosos? Viver o mundo fantástico de Guerra nas Estrelas, Harry Potter e Senhor dos Anéis? Ser por um dia um soldado em uma guerra moderna ou futurística? A internet hoje em dia permite que você realize essa fantasia com milhares de outras pessoas ao mesmo tempo, em um enorme e profundo mundo virtual. É muito legal mergulhar na sua fantasia dos sonhos, não é? E a vida real, como fica?
Esse é o problema. É comum hoje em dia as pessoas dedicarem horas e mais horas jogando na internet, ignorando suas obrigações pessoais e esquecendo sua vida social, ao ponto de faltar aula e trabalho. Alguns jogos como Ragnarok por exemplo, no servidor oficial brasileiro, você precisa pagar uma taxa mensal para poder jogar. Apesar da restrição, o servidor possui uma enorme quantidade de membros jogando por dia, fazendo dele um dos jogos mais populares da internet brasileira. Outros chegam a gastar quase mil reais (dinheiro real!) para comprar de outra pessoa um item (equipamento) raríssimo, roupas e outros acessórios ligados a jogo, tudo para se fortalecer.
Alguns jogos existem inclusive os chamados "clans" e "guildas". São grupos de pessoas de um mesmo jogo que juntos formam um time e passam a jogar quase sempre juntos ou colaborando entre si, dando um sentimento real de cooperação, como se fosse uma empresa de verdade.
Jogos mais simples, sem a enorme profundidade como Ragnarok, Lineage II e World of Warcraft, como Warcraft III e Counter-Strike, a adrenalina e o sentimento de desafio, como um jogo de póquer, sobe a cabeça do jogador, não fazendo-o saber a hora exata de parar. É muito comum pessoas gastarem rios de dinheiro nas lan houses, estabelecimentos comerciais de acesso à internet e jogos online.
Muitas pessoas, estressadas com sua vida agitadíssima ou com sérios problemas pessoas e familiares são alvos fáceis dessa nova onda, uma fuga à realidade. Na realidade é apenas sofrimento, no mundo virtual a história é diferente. Como diz Don Corleone, é uma oferta que você não pode recusar.
Além de jogos online, outro caso cada vez mais comum na internet é a existência de comunidades virtuais, os chamados fóruns. Existem milhões de fóruns hoje em dia na internet, com assuntos distintos. Alguns são diretamente ligados à empresas para esclarecimento de dúvidas, para troca de dúvida entre clientes, suporte online entre outros métodos profissionais.
O mais comum no entanto é comunidade de fãs de determinado assunto. Filmes, desenhos, música, até de sexo. Muitas pessoas vêem ali a chance de encontrar o grupo de amigos perfeito que não têm na vida real e/ou encontrar a sua garota dos sonhos. Você que, por exemplo, adora algo e o seu grupo de amigos detesta fazendo-o achar que está sozinho e sonhando um dia encontrar alguém para compartilhar seus gostos? A proposta é tentadora e muitos não resistem. Nesses casos, geralmente, se envolvem com pessoas desconhecidas e se afastam dos amigos reais e familiares para dedicar à vida aos recém descobertos "novos amigos". Muitos deles, no entanto, mudam drasticamente seu estilo de vida e, muitas vezes, são influenciados negativamente pelos mesmos, passando a desvalorizar os verdadeiros amigos e pessoas próximas.
Programas e sites de comunicação online, como MSN Messenger, Orkut e ICQ, os mais famosos para exemplificar, são capazes de se comunicar instaneamente com milhares de pessoas e são capazes de serem adicionados em uma lista de amigos escolhidos pelo usuário. É possível conversar simultaneamente com milhares de pessoas, amigos ou desconhecidos.
Tal capacidade de contato encanta muitas pessoas, fazendo-as ficarem presa no computador conversando horas e mais horas sem precisar perder seu tempo saindo de casa e/ou gastar dinheiro com condução. Novamente, não se sabe exatamente, no caso de um desconhecido, se a pessoa é de fato quem ela diz que é. Há casos famosos quando rapaz, por exemplo, combinou de se encontrar com uma garota, que ele não conhecia pelo MSN. Para sua surpresa, deu de cara com dois bruta-montes e tomou uma grande surra... caiu no trote!
Em outro caso, uma garota mandou uma foto mostrando ser uma bela loira de olhos azuis com um corpo escultural para outro rapaz pelo MSN. Encantado, o rapaz combinou que a receberia na rodoviária, ela morava em outra cidade. Para sua surpresa, ela não era nem de perto o que havia sido mostrado e, decepcionado, abandonou-a ali mesmo.
Muitas pessoas, tão empolgadas com o programa, não saem um minuto da máquina. Isso afeta bastante os jovens principalmente, quando os pais querem ter uma conversa séria, o que eles ouvem é: "Espera estou ocupado! Depois eu falo" ou "Não enche o saco". Tornando-o rebelde e saindo do controle dos pais. A troca de amigos reais por amigos virtuais é um problema cada vez mais constante no dia-a-dia. Esse comportamento muitas vezes estimula a rebeldia, comportamento anti-social.
Crimes online são fatos que aterrorizam muitas pessoas. É cada vez mais freqüente as mensagens com vírus nos e-mails, que podem afetar perigosamente o seu computador. Receber "spams" (mensagens de propaganda desagradáveis que lotam as caixas de entrada de muita gente) é muito praticado e pouco punido. Golpes virtuais são também uma prática freqüente do crime cibernético. É possível desviar dinheiro, pegar senhas de cartões de crédito, acessar informações sigilosas, tudo através da internet. O uso de programas chamados de "trojans", são meios eficientes para essas práticas criminosas, por isso é bom tomar cuidado com o que você recebe pelo MSN, ICQ, e-mail, qualquer programa de contato.
Hackers são outros criminosos online, que já viraram tema de vários filmes e livros. Eles, usando técnicas e programas adequados, podem invadir determinado computador e roubar dados e arquivos preciosos. Conseguem também invadir o gerenciamento de uma determinada página online, podendo inclusive apagá-la por completo. A ação dos hackers se dá por causa da existência de um IP. O IP é, resumidamente, seu endereço em toda a rede online. Um ladrão para realizar um assalto precisa saber o endereço de sua vítima, certo? Na internet a situação é a mesma. Proteger seu IP é vital para evitar ataques de hackers.
Sites populares na internet como Orkut e YouTube, o primeiro de relacionamentos e o segundo de vídeos, já viraram polêmica de grande repercussão. No Orkut, um site onde é possível se criar uma página pessoal, citando suas preferências, motivações e até mesmo suas aversões, pode-se adicionar todos os seus amigos que lá se encontram e manter contato freqüente. Possível também adicionar comunidades de acordo com suas preferências.
Nessas comunidades do Orkut, muitas delas fazem apologias racistas, criminosas e pornográficas. É comum encontrar "Eu fumo maconha", "Sou do comando vermelho", "Odeio negros" e "Transo muito bem". Já foram registrados inúmeros casos ligados a venda de drogas, encontro para brigas, para assassinatos, exploração sexual, conexão à pirataria e até mesmo a existência de páginas pessoais de criminosos procurados.. Todos fatos que já foram noticiados em jornais e revistas.
A Internet hoje em dia é muito importante de fato e pode melhorar muito a vida de todos, como ao mesmo tempo, pode trazer malefícios.


Yon Dourado é estudante de Jornalismo - UERJ.




Texto 4 

Como mocinha e vilã, tecnologia teve destaque em investigação do atentado em Boston
Camila Neuman
Do UOL, em São Paulo
25/04/201306h00
A tecnologia ganhou papel de destaque nas investigações do atentado em Boston, para o bem e para o mal. O uso de softwares ultrassofisticados e de milhares de imagens captadas por câmeras de vigilância e de espectadores da maratona foi essencial para a rápida identificação dos suspeitos. Por outro lado, a mesma agilidade ajudou a disseminar informações falsas ou mal interpretadas sobre a investigação, que confundiram os espectadores da tragédia. 
Em 15 de abril, duas bombas foram detonadas próximas à chegada da Maratona de Boston, deixando três mortos e mais de 260 feridos. Três dias depois, o FBI --a polícia federal dos Estados Unidos-- identificou os dois suspeitos por uma imagem de vídeo captada por uma câmera de segurança de uma loja próxima ao local de explosão da segunda bomba. Eram os irmãos Talerman Tsarnaev, 26, e Dzhokhar Tsarnaev, 19, de origem tchetchena.
No dia 18, o mais velho foi morto pela polícia e, no dia seguinte, o mais novo foi preso após uma caçada cinematográfica.

Segundo o perito Wanderson Castilho, especialista em crimes digitais e autor dos livros "Manual do Detetive Virtual" e "Mentira: um rosto de muitas faces" (Editora Matrix), o sucesso da operação foi alcançado graças ao uso da tecnologia de massa aliada a softwares capazes de detectar gêneros, objetos e cores em multidões de forma bastante refinada.

"Estes softwares agem como quebra cabeças digitais que podem fazer uma linha do tempo juntando as imagens pelo horário em que elas foram feitas ou no sentido da movimentação da pessoa", diz Castilho.
Depois de divulgar as fotos dos suspeitos, o FBI abriu um canal em seu site para receber imagens e vídeos relacionados ao momento das explosões. Com isso, conseguiram obter centenas de ângulos diferentes e identificar os passos dos suspeitos.

"A tecnologia nos ajuda consideravelmente, mas chegou a um ponto em que o FBI pediu para a população ajudar. Por isso, posso dizer que estamos com um avanço tecnológico muito bom, mas ainda não se faz o serviço sozinho", afirmou.

Provas eletrônicas

O ex-corredor Bob Leonard, 58, resolveu tirar fotos dos maratonistas que completavam a prova sem imaginar que registraria claramente os rostos dos suspeitos. Em entrevista ao "The Huffington Post", ele conta que depois de ver as imagens do FBI, descobriu ter clicado os rapazes. Ao enviar as imagens ao órgão federal, viu suas fotos rodarem o mundo no dia seguinte. "A foto deu a eles, finalmente, uma boa imagem facial dos suspeitos. Foi um bom avanço", disse Leonard.
Mas foi a imagem de Dzhokar registrada pela câmera de uma loja de conveniência de Cambridge (subúrbio de Boston) e o GPS de um carro roubado pelos irmãos que ajudaram a polícia a localizá-los em Watertown, cidade vizinha à Boston, na noite de quinta-feira (18).
Momentos antes, os investigadores receberam a notícia de que um policial do MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts), em Cambridge, havia sido morto depois de abordado por dois homens.

Jeffrey Bauman, uma das vítimas do atentado, ajudou a reconhecer o outro suspeito: Talerman. Enquanto aguardava a namorada ultrapassar a linha de chegada, ele o avistou deixando uma mochila preta no chão e indo embora. Bauman perdeu parte das duas pernas na explosão, mas conseguiu passar a informação aos investigadores, contou Edward Davis, da polícia de Boston, ao jornal "The Washington Post". 
Para a advogada Camilla Jimene, especialista em crimes digitais, as provas eletrônicas estão ganhando mais espaço nas investigações porque a tecnologia deixa marcas.
"Sem dúvida o que está no mundo virtual vai extravasar para o mundo real. O cidadão que sai hoje para o trabalho passou por mais de 50 câmeras de filmagem. Além disso, ele liga o computador, manda um SMS. A tecnologia deixa rastro de tudo e está se tornando uma ferramenta utilizada para benefício da sociedade", disse.